Saúde bucal infantil

A formação de personalidade e bons hábitos das crianças são desenvolvidos até os quatro anos de idade das mesmas, diante desse período é extremamente importante reforçar as práticas de higiene sendo uma delas higiene bucal.

Apesar de muito espertas as crianças não tem discernimento de tamanha importância dessa prática e é justamente por isso que essa importância deve ser reforçada pelos responsáveis.

O grande volume de doces e guloseimas aliado a preguiça para procedimentos de higiene são vilões em grande potencial que podem facilmente comprometer a saúde bucal tanto na infância quanto na fase adulta.

Os filhos refletem os costumes dos pais e essa influência é incontestável. Por isso, é crucial saber incentivar e ensinar que essa tarefa não é uma obrigação desagradável tendo paciência e fazendo desse momento uma experiência de aprendizado e de grande atenção.

Separamos aqui quatro dicas para te auxiliar e facilitar esse hábito. Continue a leitura!

1.Criar uma rotina de cuidados:

Algumas famílias já possuem convênio odontológico o que aumenta as chances da criança passar regularmente ao dentista.

A família é a base da criança, pois é ali que todos os costumes e tradições são formados, é justamente por isso que é importante criar uma rotina de cuidados que será seguida pelo resto da vida inclusive na vida adulta.

A escova junto ao fio dental  se tornam indispensáveis assim que surgem os primeiros dentes, o fio dental deve ser usado a partir da existência de dentes juntos. Os responsáveis devem passá-lo entre todos os dentes, pelo menos uma vez por dia de preferência antes de dormir.

Contudo as escovações devem acontecer 3 vezes ao dia após cada refeição e antes de dormir. A escova deve ser macia e uma dica para tornar esse momento divertido é apostar nas escovas de personagens.

O creme dental comum pode ser usado todos os dias sem exceção, o creme dental com flúor é o maior protetor dos dentes, porém pode ser utilizado no máximo uma vez por semana logo que a criança aprender a cuspir.

Em ambos produtos deve-se escovar em movimentos circulares e para frente e para trás.

2.Alimentação equilibrada

Para desenvolver dentes mais saudáveis, é necessário que a criança possua uma alimentação equilibrada, contendo uma ampla variedade sais minerais e vitaminas, cálcio, zinco e fósforo.

Os doces e guloseimas devem ser consumidos sem excessos, pois os açúcares e amidos que fazem parte de vários tipos de alimentos como doces, frutas secas, refrigerantes e batata frita formam uma placa bacteriana e essa substância ataca o esmalte do dente formando assim as cáries.

A formação de uma cárie leva até 20 minutos, após o término das refeições ocorrendo principalmente durante a noite.

3.Ir ao dentista para receber o melhor auxílio

Algumas empresas fornecem plano empresarial odontológico, que facilita a forma de pagamento da maioria dos procedimentos, em alguns planos é possível adicionar membros da família e assim ter um doutor de confiança para realizar qualquer procedimento ou tirar dúvidas.

O auxílio do dentista para os baixinhos vai além de uma simples avaliação, a criança tendo contato com esse profissional desde a menoridade previne  futuros traumas e ainda reforça a importância desses cuidados diários.

O dentista também pode reforçar quais são as escovas, pastas e até mesmo fio dental ideal para um cuidado mais confortável e eficiente para as crianças.

Contudo não necessariamente o convênio dental tem que ser patenteado pela empresa e qual você trabalha, também existe a possibilidade de um plano odontológico não empresarial, onde você pode vincular com um profissional mais acessível ou próximo da sua casa.

4.Dê a criança independência:

Os profissionais da área da odontologia informam que com quatro anos, quando a criança já consegue segurar a escova e realizar o procedimento de escovação sozinho, é essencial dar a ela liberdade e espaço para que esse momento se torne algo natural do dia a dia da criança, dando a ela uma das responsabilidades que realizará por toda a vida.

Entretanto, é importante que os responsáveis acompanhem sempre que possível, para verificar se a escovação tem sido realizada de forma correta e se os dentes do fundo junto a língua também tem recebido os devidos cuidados.

Nessa idade é comum que as crianças esqueçam de escovar os dentes do fundo pela dificuldade de levar a escova até o local.

Inicialmente é legal que os pais escovem os dentes juntos com o filho, pois além de incentivá-los a ter esse cuidado diário, também reforça a importância de ter uma escovação boa e completa durante a vida adulta.

Também é importante reforçar que a pasta de dente (com ou sem flúor) deve ser cuspida com auxílio de água, para evitar que a criança consuma essas substâncias.

Dessa forma, é possível prevenir o aparecimento de de fluorose, que não apresenta danos aos dentes, mas deixam manchas para o resto da vida, o que pode atrapalhar as questões estéticas e de bem-estar da criança.

Viu como é simples? Dessa forma conseguirá evitar problemas como cárie, mau hálito e até mesmo a sensibilidade dos dentinhos.
Conteúdo produzido por Dayane Goes, redatora da rede Ideal odonto.

Saúde bucal infantil: 4 dicas para cuidar dos dentes das crianças

O valor da brincadeira para as crianças

Investir na primeira infância é o bastante para reduzir a desigualdade?

O americano James Heckman, prêmio Nobel de economia em 2000, esteve no Brasil esta semana para falar de seus estudos sobre a primeira infância. Foi o entrevistado das páginas amarelas de VEJA e o palestrante principal do encontro “Os desafios da primeira infância – Por que investir em crianças de zero a 6 anos vai mudar o Brasil”, organizado pelas revistas EXAME e VEJA.

A tese do professor Heckman é simples e fascinante. Os estímulos e as experiências que as crianças têm no período inicial da vida são decisivos para o sucesso na idade adulta. São mais importantes e efetivos do que em qualquer outro período da existência. Seus cálculos mostram que para cada dólar gasto há um retorno anual de 14 centavos durante toda vida. Rentabilidade média melhor que qualquer investimento em bolsa de valores, segundo ele.

A seguir tento explicar alguns conceitos que suportam a tese:

1) Habilidades adquiridas entre zero e 6 anos produzem novas habilidades em um círculo virtuoso que cria oportunidades de progresso social e econômico individual e familiar.

2) As políticas públicas em creches, pré-escolas e centros de saúde devem existir para apoiar e envolver famílias que têm um papel primordial na formação inicial dos filhos.

3) As habilidades socioemocionais e não-cognitivas são tão ou mais importantes que o desenvolvimento da inteligência tradicional medida pelo Q.I.

4) Políticas de transferências de renda, como o Bolsa Família, ajudam a reduzir a pobreza, mas não são eficazes na promoção da mobilidade social e redução da desigualdade nas gerações seguintes.

Em resumo, Heckman sustenta que a maneira mais eficiente de diminuir a desigualdade e formar adultos que alcancem renda superior a de seus pais é investindo na formação contínua de habilidades e aptidões que são incentivadas e despertadas na primeira infância.

Pesquisas recentes publicadas sobre o Brasil parecem confirmar algumas das premissas do professor. Um estudo da World Wealth and Income Database (instituto ligado ao economista Thomas Piketty) mostra que, embora a pobreza tenha sido reduzida nos últimos 15 anos, a concentração de renda ainda continua obscena. Os 10% mais ricos tinham 54,3% da renda em 2001 e continuam tendo 55,3% em 2015.

Se formos avaliar qualitativa e quantitativamente o Brasil pelos olhos desta “teoria da primeira infância” poderíamos afirmar que estamos perdendo a oportunidade de garantir que vamos ter gerações futuras melhores. Nossos esforços públicos e privados são isolados e não têm escala suficiente para criar alguma esperança de que a condição das nossas crianças de renda mais baixa está mudando significativamente.

Sejamos, porém, otimistas. Consideremos que, a partir de agora, as políticas públicas e os investimentos privados sejam eficientemente canalizados para melhorar a situação da primeira infância, como proposto pelo professor Heckman. Sonhemos por um instante, que os recursos serão generosos e suficientes. Mesmo assim, pode-se dizer que o resultado levará algumas décadas para operar a metamorfose das famílias e do seu entorno, promovendo a mobilidade social e reduzindo a desigualdade.

Será que haverá tempo suficiente para preparar a geração atual e as próximas para as mudanças aceleradas no mercado de trabalho produzidas pelas inovações tecnológicas? Este é o enigma da teoria. O professor não fala da transformação tecnológica. Deveria. Com o amadurecimento da robótica, da inteligência artificial e da biotecnologia vamos conviver com um novo tipo de desigualdade: o aumento da inteligência e da capacidade intelectual através de seleções genéticas e implantes cerebrais.

Embora Heckman esteja certo em dizer que as habilidades socioemocionais e não cognitivas são importantes, nos próximos 20 a 30 anos vamos ser protagonistas de experiências desestabilizadoras nos conceitos, que hoje temos, do que é inteligência.

A seleção de embriões vai ser, progressivamente, uma realidade. No início, para evitar doenças geneticamente transmissíveis. Depois, entretanto, chegará o dia em que a genética e a neurociência serão capazes de permitir a seleção de filhos com QI superiores. A diferença de capacidades e possibilidades vai começar antes do nascimento.

Também é razoável supor que, neste período de tempo, implantes cerebrais já existam para aumentar a capacidade de raciocinar, processar dados e nos relacionarmos de igual para igual com máquinas inteligentes. A tese de Heckman é sustentada pelo fato de que muitas habilidades e competências não são genéticas, mas sim influenciadas pelo meio ambiente e podem ser incentivadas e adquiridas a partir da primeira infância. Mas, se a diferença genética aumentar, a competição vai ser ainda mais desleal, para indivíduos e nações.

Além disso, ocupações tradicionais vão desaparecer e o mercado de trabalho vai ser ocupado pelos novos super-homens. É razoável prever que uma criança com um QI superior vai ser também capaz de adquirir os tão necessários skills socioemocionais, se adequadamente estimulados na infância.

O que fazer? Os princípios do professor Heckman são admiráveis e mostram um caminho. São também afetivamente e sedutoramente cativantes. Uma causa para chamarmos de nossa. Cuidemos bem das nossas crianças que as gerações futuras serão melhores. Não há, todavia, como não colocar a inovação a e a mudança do mundo no meio da discussão. A tecnologia que ata também desata. Ela pode ser um estorvo, mas também pode ser uma solução.

Mas, mais do que tudo, para decifrar o enigma temos que fundar uma nova ética, na qual a tecnologia e a inovação sejam aplicadas para reduzir as diferenças de origem, genéticas ou fabricadas e ajudem a aumentar a velocidade de obtenção das habilidades e competências socioemocionais e não cognitivas que nos fazem ser tão singularmente dissemelhantes e humanos.
fonte de consulta: exame.abril.com.br/blog/silvio-genesini/o-enigma-da-teoria-da-primeira-infancia

Até mais.

Por mais que os familiares tomem o maior cuidado e tenham total atenção às crianças, acidentes em casa não são raros, pelo contrário, acontecem com certa frequência.

As crianças pequenas não têm capacidade e maturidade para avaliar o perigo. Guiadas pela curiosidade, pegam objetos como: botões, tampas e rolhas de garrafas, moedas, pregos, parafusos e até brinquedos com peças pequenas que encontram em casa e podem se envolver em situações de perigo.

Muito dos acidentes na infância, principalmente os domésticos, podem ser evitados. Apresentamos algumas dicas para prevenção deles:

Quedas

– Nunca deixe os bebês ou as crianças sozinhas em cima de uma cama, bancada, móvel ou cadeirinha de refeição.

– Cuide com as escadas, principalmente quando as crianças estão começando a engatinhar e dando os primeiros passos. A sugestão é providenciar portões de isolamento, impedindo que a criança se aproxime das escadas.

– Coloque grades de proteção nas janelas, principalmente se morar em apartamento.

Choques

– Use protetores (plugues ou fita adesiva) nas tomadas de luz, pois as crianças gostam de colocar o dedinho ou objetos na tomada, principalmente na fase em que estão engatinhando.

Queimaduras

– Verifique a temperatura da água do banho.

– Verifique a temperatura de mamadeiras ou alimentos.

– Cuide com caixas de fósforos, pois a criança pode coloca-los na boca.

– Mantenha as crianças longe do fogão.

– Nunca deixe o ferro ligado com o fio desenrolado e ao alcance das crianças. Além da alta temperatura, é perigoso pelo seu peso e pela ligação à eletricidade.

– Não deixe as panelas com os cabos voltados para fora do fogão. Preferencialmente, utilize as bocas do fundo do fogão.

Medicamentos

– Os medicamentos devem ser guardados fora do alcance das crianças, em lugares altos e, de preferência, em armários ou caixas bem fechadas.

– Não ofereça à criança medicamentos sem prescrição ou orientação médica.

– Antes de ministrar algum medicamento, verifique se o prazo de validade já expirou.

Intoxicações

– É fundamental fazer rigorosa triagem nos armários sob a pia da cozinha para averiguar se há algum produto com substâncias cáusticas, detergentes, produtos de limpeza e até a soda cáustica ou formicidas que, quando ingeridos, podem causar consequências graves e até fatais.

– Não coloque em garrafas de refrigerantes, detergentes ou qualquer outro produto de limpeza: a memória visual da criança é ótima e assim ela poderá ingerir substâncias altamente tóxicas julgando estar tomando refrigerante do seu hábito e de seu agrado.

Ferimentos

– Cuidado com objetos cortantes como: facas, garfos e tesouras. Mantenha-os sempre longe do alcance de crianças.

– Não permita que as crianças manuseiem objetos de vidro ou de porcelana como: copo, garrafa, pratos e travessas, pois podem cair sobre eles, provocando cortes sérios.

– Mantenha torradeiras, cafeteiras, ferros elétricos, fósforos e isqueiros longe do alcance dos pequenos.

Este é mais um artigo cujo objetivo é orientar e ajudar os Srs. Pais no pleno desenvolvimento dos pequenos.
os perigos dos acidentes na infância
Passinho Inicial.

Mais uma ótima reportagem da última revista Exame que fala sobre alguns países da América Latina como Chile, Peru e incluso o Brasil, embora, para variar, esteja mais atrasado nesta corrida, fazem para diminuir a defasagem educacional entre crianças ricas e pobres. São programas focados nos primeiros anos de vida, sendo que o alvo são os pais.

“A atenção à primeira infância eleva o desempenho escolar e diminui o risco de que as crianças, anos mais tarde, se encaminhem para o crime.”

Vale também ressaltar desta matéria alguns outros trechos bem relevantes:

– A base desses programas educacionais é a certeza de que a brincadeira com os pais na 1ª infância é algo muito sério no desenvolvimento das crianças, pois é brincando que elas desenvolvem a linguagem, a coordenação motora, a criatividade e a capacidade de cooperar socialmente. Nas famílias de baixa renda é mais comum encontrar pais que, por desinformação, não conversam nem brincam com seus filhos pequenos. Pesquisas realizados nos Estados Unidos confirmam que os filhos dos americanos mais ricos ouvem por hora o dobro de palavras que as crianças pobres.;

– Sem os estímulos adequados até os 3 anos, essas crianças chegam em desvantagem à idade escolar e, não raro, sofrem por isto pelo resto da vida;

– A educação na primeira infância é para o resto da vida.

revista-exame-edição-1072-ano-48-número-16-3-9-2014
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Até o próximo post.