O valor da brincadeira para as crianças

Investir na primeira infância é o bastante para reduzir a desigualdade?

O americano James Heckman, prêmio Nobel de economia em 2000, esteve no Brasil esta semana para falar de seus estudos sobre a primeira infância. Foi o entrevistado das páginas amarelas de VEJA e o palestrante principal do encontro “Os desafios da primeira infância – Por que investir em crianças de zero a 6 anos vai mudar o Brasil”, organizado pelas revistas EXAME e VEJA.

A tese do professor Heckman é simples e fascinante. Os estímulos e as experiências que as crianças têm no período inicial da vida são decisivos para o sucesso na idade adulta. São mais importantes e efetivos do que em qualquer outro período da existência. Seus cálculos mostram que para cada dólar gasto há um retorno anual de 14 centavos durante toda vida. Rentabilidade média melhor que qualquer investimento em bolsa de valores, segundo ele.

A seguir tento explicar alguns conceitos que suportam a tese:

1) Habilidades adquiridas entre zero e 6 anos produzem novas habilidades em um círculo virtuoso que cria oportunidades de progresso social e econômico individual e familiar.

2) As políticas públicas em creches, pré-escolas e centros de saúde devem existir para apoiar e envolver famílias que têm um papel primordial na formação inicial dos filhos.

3) As habilidades socioemocionais e não-cognitivas são tão ou mais importantes que o desenvolvimento da inteligência tradicional medida pelo Q.I.

4) Políticas de transferências de renda, como o Bolsa Família, ajudam a reduzir a pobreza, mas não são eficazes na promoção da mobilidade social e redução da desigualdade nas gerações seguintes.

Em resumo, Heckman sustenta que a maneira mais eficiente de diminuir a desigualdade e formar adultos que alcancem renda superior a de seus pais é investindo na formação contínua de habilidades e aptidões que são incentivadas e despertadas na primeira infância.

Pesquisas recentes publicadas sobre o Brasil parecem confirmar algumas das premissas do professor. Um estudo da World Wealth and Income Database (instituto ligado ao economista Thomas Piketty) mostra que, embora a pobreza tenha sido reduzida nos últimos 15 anos, a concentração de renda ainda continua obscena. Os 10% mais ricos tinham 54,3% da renda em 2001 e continuam tendo 55,3% em 2015.

Se formos avaliar qualitativa e quantitativamente o Brasil pelos olhos desta “teoria da primeira infância” poderíamos afirmar que estamos perdendo a oportunidade de garantir que vamos ter gerações futuras melhores. Nossos esforços públicos e privados são isolados e não têm escala suficiente para criar alguma esperança de que a condição das nossas crianças de renda mais baixa está mudando significativamente.

Sejamos, porém, otimistas. Consideremos que, a partir de agora, as políticas públicas e os investimentos privados sejam eficientemente canalizados para melhorar a situação da primeira infância, como proposto pelo professor Heckman. Sonhemos por um instante, que os recursos serão generosos e suficientes. Mesmo assim, pode-se dizer que o resultado levará algumas décadas para operar a metamorfose das famílias e do seu entorno, promovendo a mobilidade social e reduzindo a desigualdade.

Será que haverá tempo suficiente para preparar a geração atual e as próximas para as mudanças aceleradas no mercado de trabalho produzidas pelas inovações tecnológicas? Este é o enigma da teoria. O professor não fala da transformação tecnológica. Deveria. Com o amadurecimento da robótica, da inteligência artificial e da biotecnologia vamos conviver com um novo tipo de desigualdade: o aumento da inteligência e da capacidade intelectual através de seleções genéticas e implantes cerebrais.

Embora Heckman esteja certo em dizer que as habilidades socioemocionais e não cognitivas são importantes, nos próximos 20 a 30 anos vamos ser protagonistas de experiências desestabilizadoras nos conceitos, que hoje temos, do que é inteligência.

A seleção de embriões vai ser, progressivamente, uma realidade. No início, para evitar doenças geneticamente transmissíveis. Depois, entretanto, chegará o dia em que a genética e a neurociência serão capazes de permitir a seleção de filhos com QI superiores. A diferença de capacidades e possibilidades vai começar antes do nascimento.

Também é razoável supor que, neste período de tempo, implantes cerebrais já existam para aumentar a capacidade de raciocinar, processar dados e nos relacionarmos de igual para igual com máquinas inteligentes. A tese de Heckman é sustentada pelo fato de que muitas habilidades e competências não são genéticas, mas sim influenciadas pelo meio ambiente e podem ser incentivadas e adquiridas a partir da primeira infância. Mas, se a diferença genética aumentar, a competição vai ser ainda mais desleal, para indivíduos e nações.

Além disso, ocupações tradicionais vão desaparecer e o mercado de trabalho vai ser ocupado pelos novos super-homens. É razoável prever que uma criança com um QI superior vai ser também capaz de adquirir os tão necessários skills socioemocionais, se adequadamente estimulados na infância.

O que fazer? Os princípios do professor Heckman são admiráveis e mostram um caminho. São também afetivamente e sedutoramente cativantes. Uma causa para chamarmos de nossa. Cuidemos bem das nossas crianças que as gerações futuras serão melhores. Não há, todavia, como não colocar a inovação a e a mudança do mundo no meio da discussão. A tecnologia que ata também desata. Ela pode ser um estorvo, mas também pode ser uma solução.

Mas, mais do que tudo, para decifrar o enigma temos que fundar uma nova ética, na qual a tecnologia e a inovação sejam aplicadas para reduzir as diferenças de origem, genéticas ou fabricadas e ajudem a aumentar a velocidade de obtenção das habilidades e competências socioemocionais e não cognitivas que nos fazem ser tão singularmente dissemelhantes e humanos.
fonte de consulta: exame.abril.com.br/blog/silvio-genesini/o-enigma-da-teoria-da-primeira-infancia

Até mais.

Hoje em dia o telefone celular, smartphone, tablet e/ou computadores funcionam como um milagre para manter seu filho quietinho enquanto executa outras tarefas, como assistir aquele jogo preferido na TV, enquanto espera na fila do supermercado/banco ou está na sala de espera do médico/dentista! Então a criança desenvolve o hábito de sempre pedir para brincar com os seus gadgets e você acaba deixando, pois ele fica lá, tranquilo, paralisado e feliz, sem mexer em nada proibido. Como saber se isso faz bem ou não? Confira:

Crianças pequenas e a tecnologia
http://brasil.babycenter.com/a3400566/crianças-pequenas-e-a-tecnologia
Criança pequena no celular ou tablet: quanto tempo pode?

Até o próximo post.

No BabyCenter saiu uma ótima publicação sobre crianças de 2 anos e 9 meses, a qual permite entender o temperamento de uma criança nesta idade.

Quando se aproximar dos 3 anos, muitas crianças começam a despertar a curiosidade sobre as variações de humor de outras pessoas. A criança pequena vai perguntar, exemplificando, por que o papai está bravo ou por que o irmão mais velho parece triste. O temperamento do filho fica mais evidente, provavelmente os pais já perceberam que ele também tem variações de humor. Acompanhe seu filho na descoberta de todos esses lados de sua personalidade, tanto nos momentos reflexivos, como nos momentos em que ele fica tagarela ou bravo, deixe bem claro que, independentemente de qualquer coisa, que você o ama e aceita. Os pais podem, por exemplo, ajudar o filho mais tímido a fazer amizade com outras crianças, porém nunca faça pouco ou provoque se ele preferir ficar no seu colo. Respeitar a maneira como uma criança responde ao mundo é importante para que ela adquira autoconfiança.

Leia mais a seguir:

2 anos e 9 meses
Logo BabyCenter

Até o próximo post.

Quando uma criança coloca uma boneca para dormir, inventa uma saga para um super-herói, joga queimada ou pula amarelinha, ela não está apenas se divertindo: está aprendendo como funciona o mundo no qual está inserida. Veja a seguir por que brincar é tão importante para os pequenos agora e na vida adulta.

Quem não quer um filho feliz e bem-sucedido no futuro? Que seja bom, generoso, batalhador, bem resolvido, respeite os outros e a natureza… E o que você faz para ajudar nesse sentido? Dá bons exemplos, conversa, procura uma boa escola, matricula em cursos extracurriculares? A sua preocupação é pertinente, mas é fundamental que você saiba que existe algo bem simples que é tão importante na infância quanto levar ao pediatra regularmente ou oferecer uma alimentação saudável: brincar. É isso mesmo! Quando a criança corre para pegar o amigo, serve chá para as bonecas ou joga futebol, ela não está apenas se entretendo. Há também uma série de ganhos físicos, cognitivos, emocionais e afetivos, que farão diferença hoje e também mais adiante.

Esses elementos formam um todo, de maneira que, se faltar algo em um dos aspectos, os outros também serão afetados. “Quando você vê um bebê engatinhando para pegar uma bola, por exemplo, pode pensar que o único benefício daquela situação é o desenvolvimento físico. Mas não só. Ele está conhecendo o espaço, adquirindo consciência do próprio corpo e superando um desafio”, afirma Maria Ângela Barbato, pedagoga e coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar, da PUC-SP. “E todo esse conhecimento é internalizado no cérebro, de maneira que a criança aprende sobre aquilo que a cerca.”

Para o médico Daniel Becker, do Instituto de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o brincar vai além do desenvolvimento neuropsicomotor. “É o jeito de estar no mundo de forma adequada. A criança entende seu papel e do outro na vida dela e compreende a sociedade em que vive”, explica. “Além do mais, é fonte de alegria, item fundamental para a saúde.”

Para tanto, vale brincar com qualquer objeto e de todas as formas possíveis, de maneira livre ou dirigida, sob intervenção de um adulto ou com um amigo. O importante é ter um tempo separado para isso. “A brincadeira deve ser desestruturada em boa parte do tempo, sem um brinquedo”, defende Becker. É a famosa situação da criança que se diverte mais com a embalagem do que com o brinquedo. Se isso acontecer, não ache ruim, fique feliz com a capacidade do seu filho de criar!

Resista também à sensação de sugerir brincadeiras a todo momento – estimule a autonomia, a capacidade de fazer companhia a si mesmo e permita que ele escolha o que quer fazer. Quando receber os amigos dele em casa, não organize tudo como se fosse uma pré-escola. “Deixe o quarto livre, com espaço para as crianças brincarem e buscarem soluções”, recomenda Gisela Wajskop, doutora em Educação e colunista da Crescer.

“Nós não paramos de brincar porque envelhecemos, mas envelhecemos porque paramos de brincar.” (Oliver Wendell Holmes, médico e escritor inglês que viveu no século 19)

Leia 11 motivos pelos quais seu filho precisa brincar, e muito!

Por que brincar?

1 – Combate à obesidade – é notória a importância do brincar para que a criança se movimente, desenvolva a motricidade e mantenha o peso regular, combatendo a obesidade e o sedentarismo. A brincadeira ao ar livre é fundamental para que a criança explore espaços maiores, mexa-se mais, experimente variações climáticas, tome sol (lembre-se sempre da proteção e dos horários adequados), entre outros benefícios. Meia hora de pega-pega, por exemplo, gasta em média 225 calorias e o mesmo tempo de amarelinha representa 135 calorias. “A convivência com a natureza reduz a obesidade, o déficit de atenção, a hiperatividade e melhora o desempenho escolar”, afirma Becker. Além disso, ao ter contato com ela – seja em parques, praças ou praias – seu filho cria uma conexão prazerosa com o meio ambiente e estabelece uma relação de respeito com todos os seres vivos.

2 – Permite o autoconhecimento corporal – quando o bebê bate palmas ou a criança anda de bicicleta, estão experimentando o que o corpo é capaz. “Se você permite que seu filho corra, tropece, caia e levante de novo, ele aprende sozinho sobre suas possibilidades e limitações”, diz Luciane Motta, da Casa do Brincar (SP). Na brincadeira, o ser humano começa a ter consciência de si mesmo.

3 – Estimula o otimismo, a cooperação e a negociação – por que o brincar tem tanto valor, a ponto de estar previsto na Declaração Universal dos Direitos da Criança, do Unicef? Porque seus benefícios transbordam em muito o aspecto físico. É como se fosse uma característica inerente ao ser humano, defende o psiquiatra Stuart Brown, fundador do The National Institute for Play, na Califórnia (EUA). “Trata-se de uma necessidade biológica básica que ajuda a moldar o cérebro. A vantagem mais óbvia é a intensidade de prazer, algo que energiza, anima e renova o senso natural de otimismo”, diz. Algumas habilidades essenciais, que serão requisitadas também no futuro, estão na brincadeira, como cita o estudo O Impacto do Desenvolvimento na Primeira Infância sobre a Aprendizagem, do Comitê Científico do Núcleo Ciência pela Infância: “Á medida que as brincadeiras se tornam mais complexas, o brincar oferece oportunidades para aprender em contextos de relações sócio afetivas, onde são explorados aspectos como cooperação, autocontrole e negociação”.

4 – Gera resiliência – uma das habilidades emocionais mais valorizadas hoje em dia é desenvolvida no ato de brincar: a resiliência. Quando a criança perde no jogo ou o amigo não quer brincar da maneira como ela sugeriu, entra em cena a capacidade de lidar com a frustração, de se adaptar e se desenvolver a partir disso. Com essas experiências, ela aprende a administrar suas decepções e a enfrentar as adversidades.

5 – Ensina a ter respeito – relacionar-se com o outro é mais uma capacidade vivenciada na brincadeira. Ao interagir com os amigos, irmãos ou pais, a criança aprende a respeitar, ouvir e entender os outros e suas diferenças. Para isso, é essencial que ela possa brincar livremente, sem condições impostas por gênero. “O adulto que brincou bastante na infância é alguém aberto a mudanças, tem pensamentos mais divergentes e aceita a diferença com maior facilidade. No entanto, se uma menina só pode brincar de casinha e o menino, de carrinho, a brincadeira pode impactar para o mal”, lembra Gisela Wajskop.

“A criança assume papéis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis.”

(Lev Vygotzky, psicólogo bielorusso, pai do socioconstrutivismo)

6 – Desenvolve a atenção e o autocontrole – seja para montar um quebra-cabeça, equilibrar-se em um pé só ou empilhar uma torre com blocos, essas habilidades serão aperfeiçoadas a cada brincadeira. Sem contar que serão empregadas desde muito cedo na vida do eu filho, seja na hora de fazer uma prova ou de resolver um conflito.

7 – Acaba com o tédio e a tristeza – brincar ajuda a manter em ordem a saúde emocional – e as próprias crianças percebem esse benefício. Em um estudo realizado pela Universidade de Montreal, no Canadá, 25 meninos e meninas de 7 a 11 anos fotografaram e falaram de suas brincadeiras favoritas. Para eles, brincar é uma oportunidade de experimentar felicidade, combater o tédio, a tristeza, o medo e a solidão. “Quando pais, médicos e autoridades focam somente no aspecto físico da brincadeira, deixam de lado pontos benéficos para a saúde emocional e social”, afirma a autora Katherine Frohlic.

8 – Incentiva o trabalho em equipe – nos jogos coletivos, como o futebol e a queimada, a capacidade de se relacionar com os demais também exige que a criança pense e aja enquanto parte integrante de um grupo. Em um mundo como o que vivemos, cada vez mais conectado, essa habilidade se faz ainda mais importante. Trabalha-se cada vez mais com projetos (desde a educação nas escolas até as grandes empresas), nos quais tudo parte de um interesse coletivo e todas as etapas são desenvolvidas em conjunto – por isso, aprender a defender um time hoje pode ter grande impacto lá na frente.

9 – Instiga o raciocínio estratégico – jogos de regra, como os de tabuleiro, põem as crianças em situações de impasse. Para solucioná-los, elas precisam raciocinar de maneira estratégica, argumentar, esperar, tomar decisões e, então, analisar os resultados. Ao solucionar problemas, elas vão tentar, errar e aprender com tudo isso – para que, na próxima rodada, possam fazer melhor, com mais repertório.

10 – Promove criatividade e imaginação – ao ler uma história, brincar de boneca ou construir um brinquedo com sucata, a criança desenvolve imaginação. E, para isso, não precisa de muito: potes, galhos e panelas podem dar vida a tanta coisa! Foi o que mostrou uma pesquisa da RMIT University, de Melbourne, na Austrália, feita com 120 crianças de 5 a 12 anos. A conclusão é que itens como caixas e baldes incentivam mais a imaginação do que brinquedos caros. Isso porque esses materiais não induzem a uma ideia pronta.

11 – Estabelecer regras e limites – brincando, a criança reconhece e respeita os limites do espaço, do outro e de si mesma. E passa a lidar com regras, aprendendo a segui-las. Se tiver abertura, ela poderá até questioná-las. Isso será fundamental para conviver em sociedade – quando se faz necessário seguir certas convenções, mas também tentar mudar o cenário para melhor, se possível.

“Brincar é condição fundamental para ser sério.”

(Arquimedes, inventor grego da Antiguidade)

Você sabe brincar?

De pega-pega, de boneca, de carrinho, de chute a gol… Se você não se sente confortável em nenhuma dessas situações ou já se esqueceu dos seus tempos de criança, pode ser que faça parte de um grupo de pais que não sabe mais brincar. Motivos não faltam para isso: a correria do dia a dia, a falta de disposição ao fim de um dia de trabalho ou até mesmo por não conseguir se desconectar de notebooks e smartphones em casa. Mas quem não brinca esquece da importância da brincadeira do próprio filho.

É o que aponta uma pesquisa sobre a primeira infância, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, de São Paulo: somente 19% dos pais citaram “brincar/passear” como um dos três itens mais importantes para o desenvolvimento da criança de até 3 anos. O estudo – Percepções e Práticas da Sociedade em Relação à Primeira Infância, realizado em parceria com o Ibope e o Instituto Paulo Montenegro – também mostra que apenas 26% deles dizem respeitar o tempo de descanso e lazer dos filhos, como forma de estimulá-los.

Como mudar isso? Escutá-los, estar junto, saber do que gostam e interagir. Para isso, será preciso dedicar tempo a eles. Insira a criança na sua rotina de tarefas em casa: brinque no banho, convide-a para cozinhar e faça uma competição de quem faz o prato mais colorido, conte uma história enquanto arrumam juntos a bagunça do quarto. Às vezes, só o fato de chamá-lo para ajudar no conserto de um item da casa já vai funcionar como uma brincadeira.

5 formas de diversão

No livro The Importance of Play: A Reporto n The Value of Children’s Play with a Series of Policy Recomendations (A importância do brincar: um relatório sobre o valor da brincadeira das crianças, com uma série de recomendações políticas, em tradução livre), o psicólogo e professor da Faculdade de Educação da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, David Withebread, elenca as seguintes categorias de brincadeiras:

* Brincadeiras com objetos

Inicia assim que a criança pode morder, agarrar e segurar. Dessa forma, ela vence desafios, desenvolve habilidades e estratégias cognitivas e físicas. Valem chocalho, pelúcias, carrinho ou blocos.

* Brincadeira física

Esse tipo começa por volta do segundo ano de vida e, normalmente, ocupa cerca de 20% do comportamento das crianças até 4 ou 5 anos. Correr, pular, dançar e jogar bola são bons exemplos.

* Brincadeira sociodramática

Ao brincar de casinha, médico, escola, costuma-se seguir as regras sociais que regem o personagem. Isso tem clara ligação com a responsabilidade social.

* Brincadeira simbólica

Fazer um desenho, pintar, brincar de massinha ou inventar uma música. Todos desenvolvem habilidades técnicas para expressar e refletir sobre experiências, ideias e emoções.

* Brincadeiras com regras

Nos jogos, aprende-se habilidades sociais relacionadas à partilha e à compreensão das perspectivas dos outros. Valem dominó, mímica, cartas.
Fonte: Revista Crescer – Março/2015  – Páginas 44, 45, 46, 47, 48, 49 e 50..

Leia também:

O valor da brincadeira
Na infância, brincar é mais importante do que as atividades acadêmicas

http://guiadobebe.uol.com.br/o-valor-da-brincadeira
duas-criancas-brincando-com-cubos-coloridos

Até o próximo post.